segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

See you soon

E o Natal?
O meu foi aquela comilança básica. Muito pro seco e lambrusco na casa da mamãe porque a galera resolveu sofisticar este ano e deixar as latinhas de cerveja pra lá. Eu achei ótimo porque ando mesmo empapuçada de cerveja e me joguei no vinho sem medo. Minha filha de 7 anos ganhou todos os acessórios da Polly, aquela boneca de oito centímetros cujos sapatos medem meio. Foi pista, resort, veterinário e como bem disse meu inspirado sobrinho de 15 anos, só faltou o hospício. Fui a uma festa de Natal, lá pelas duas da madruga, na casa de Paulinho. O irmão dele, meu amigo, foi me buscar pra passarmos o último Natal na casa dele antes de ser derrubada para dar lugar a um luxuoso edifício. E Paulinho tava lá, bebão, tentou me agarrar, veio com papinho, levou uns chegas pra lá, até que o sono falou mais alto e ele foi dormir, não antes sem me convidar pra dormir com ele. Assim, na cara de pau. No thanks. Enfim, Natal se foi e Papai Noel foi generoso. Me trouxe blusinhas, pulseiras, brincos e até uma cadeira de praia que eu tava mesmo precisando. Praeiera é assim mesmo, tem suas necessidades.
Agora é terminar esses dias e aguardar 2010 com esperanças de que ele seja tão bom quanto 2009. Porque eu tive um ano ótimo e nem sombra de crise eu vi ou senti. Trabalhos bateram à minha porta e eu pude dizer não pra alguns por falta de tempo, vai vendo só. No lado pessoal, tudo tranquis. Me afastei de pessoas que eu já deveria ter me afastado faz tempo, fiz descobertas desagradáveis sobre algumas, agradáveis sobre outras, enfim, aquele rolo de sempre. A vida sentimental inexistiu esse ano e isso não foi de todo ruim tendo em vista as confusões que me meti em 2008. Pois é, 2009 termina e eu posso dizer sem medo que eu não tenho nenhum problema sério pra resolver (todos na minha família passam bem de saúde e isso é essencial) e que tudo caminha calma e serenamente. Com um certo ar blasé que conquistei com a maturidade dos 35 anos e com um sorriso de menina que nunca deixei de ter nos lábios.

Feliz 2010, minha gente. Com muito dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender.

sábado, 19 de dezembro de 2009

ai ai

Na intranet

Eu: tu vai almoçar?
Colega: onde?
Eu: eu que pergunto
Colega: eu vou como marcelo e o paulo, mas não sei onde...
Eu: ah tá.. mas é uma coisa de meninos ou meninas podem ir?
Colega: coisa de homem, vamos almoçar no ninfas (*)...

(*) Não preciso dizer que o ninfas é um puteiro, né?

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Lista de compras

Quem tem um ex-marido como o meu não precisa nunca ir em show de stand-up comedy (que aliás, eu detesto muito). Toda semana, ele faz uma graça. Lembra do papo da bota, né? Que ele queria economizar um dinheiro pra comprar uma bota pra filha. Enfim, o cara tem a veia do humor. Seja pelos torpedos que me manda (e acreditem, são sempre uns quatro ou cinco no mínimo, um atrás do outro) ou pela conversinha pra boi dormir que ele aprendeu de uns tempos pra cá.
Toca o telefone, meio de semana. O Nêgo mora em São Paulo, mas liga sempre dar um alô pra filha. Como sempre, assim que vi o número do sujeito, dei o telefone pra criança. Ela falou com ele e disse:
- Meu pai quer falar com você.
- Oi, tudo bem?
- Tudo.
- Você vai sair?
- Não, por quê?
- É que eu tô aqui perto e fiz umas compras pra filha.
- Ah tá, pode deixar na portaria que eu pego.
- É melhor eu subir, é muita coisa, são umas quatro caixas
- Não, não. Deixa na portaria, eu pego o carrinho e subo com as compras.
- Ah, mas você pode descer pra eu dar um beijo na filha?
- Sim.
20 minutos depois chegam ele e as caixas. Mandei a criança falar com ele, olhei pra cara dele e simplesmente disse: obrigada. Coloquei os trens no carrinho e subi. Chego no apê e começo a abrir as bagaças.
Vamos à lista do sujeito:
3 pacotes de macarrão parafuso, 3 pacotes de salsicha, 3 pacotes de club social, 3 queijos processados (dessa parte gostei muito), 3 pacotes de bisnaguinha, 3 molhos de tomate, 1 pacote de pão de forma, 1 vidro de azeitona, um monte de todynho (dessa parte também achei bom), uma porrada de Kapo e Ades, um pote de Toddy de 1 litro, 1 caixa com 12 litros de leite, duzentos mil pacotes de miojo, pacotes e pacotes de biscoito recheado, tortinha, bolinho Ana Maria a dar com pau, 1 xampu infantil, 1 condicionador infantil, 1 pasta de dente, 1 gibi, 1 Dove infantil, 1 Dove adulto, 1 escova de dente infantil, 1 escova de dente adulto e agora o melhor: 1 pacote de absorvente Sempre Livre Cobertura extra-seca e 1 creme pra corpo da Ox roxinho. Sério, muito sério. Eu tive um ataque de tanto rir... O abobado deve ter feito umas compras pra mulher e esqueceu de tirar o Dove, a escova de dente, o absorvente e o creme. Deve ter levado uma bronca da mulher... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bom, mas o absorvente eu dei pra minha faxineira porque nem gosto de cobertura extra-seca ou abas. A escova de dentes eu guardei porque tem que trocar de três em três meses o sabonete, ídem, pois adoro um Dove. Agora, o creme eu amei mesmo e no mesmo dia, só pra cutucar, mandei o seguinte torpedo:
Obrigada pelo creme. Adorei.

hahahahahahahahahahaha. Eu imagino a cara dele...
Quem precisa gastar com show de humor com um ex assim, né?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Memórias

Fui viajar a trabalho. Litoral norte de São Paulo. Praias e praias lindas, que eu adoro. Em cada uma, uma história.
Boiçucanga: infância, a casa do tio, amigo do pai. Tudo era diferente. Aos 17, voltei lá, com a turma do colégio pra uma viagem cheia de surpresas. Nesta viagem, lembro que o Gustavo escreveu num caderno algo assim: porque essa talvez seja a última vez que nos vimos jovens... e ele tinha toda razão.
Maresias: a casa do Rogério, amigo de teatro. Época da faculdade, do teatro. Carnavais, Revéillons e feriados incríveis passados por lá. Shaolin, Bar do Meio... Marcia, Cacá, Fic, Waldi, Valter... A mesma maresias onde vou de vez em quando até hoje, pra casa de uma amiga.
Juquei: badalações sem fim.
Camburi: o ex-marido tinha casa lá, bem no sertão de Camburi. A primeira viagem da filha...
Ilhabela: ah Ilhabelha... nem a fila interminável da balsa e os borrachudos tiravam meu humor.
Paúba: um por-do-sol indescritível.

E é assim que começo a semana (voltei hj ao trabalho) em clima de nostalgia e saudade e a vontade de reviver a felicidade cada uma dessas praias, de alguma forma.