sexta-feira, 30 de julho de 2010

Muitas coisas

Minha filha acaba de dormir. Está abraçada a uma boneca, a Grabriela. Ver filho dormindo em paz é uma daquelas sensações indescritíveis. Principalmente depois de ficar sem vê-la uns dias, que passava férias na casa da vó paterna e depois na casa do pai. E veio dela a notícia de que o pai dela havia se separado da segunda mulher. Aí fiquei pensando no que esses dois infernizaram a vida de todo mundo para, no fim, acabar. O amor verdadeiro que eles tanto alardeavam não durou e não foi pra frente. Ou seja, foi uma farsa. Mas foda-se porque esse B.O. não é meu.
Porque o meu B.Ozinho dá mostras diárias de que me pega aos poucos.
Semana passada minha coluna travou. Fui no médico que diagnosticou artrose. (porra, artrose aos 36 anos?). Fui escutar outra opinião: vc não tem artrose, sua coluna está ótima, só precisa de um exercício para fortalecê-la (indicou pilates) e RPG.
- Vai escutar uma terceira opinião, assim você tira isso da cabeça, disse ele.
É como eu falei pra uma amiga. "Ele não é raso".
Boa noite.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Controle remoto

Descobri hoje, enquanto devorava um quentinho creme de ervilha, que sou uma pessoa que se conquista nos detalhes.
Por exemplo, eu disse outro dia para ele. Um ele aí de quem nem quero falar muito, por enquanto:
- Ai, tô ficando bêbada.
- Não se preocupe, você está comigo.
E quando ele disse isso, na verdade, foi como um sinal verde para eu beber mais e que se houvesse qualquer problema ele cuidaria de tudo: da conta, de me levar para casa em segurança e até me carregar no colo caso fosse preciso.
E nesses anos todos de relacionamentos, inclusive com o ex, foi uma das primeiras vezes que senti isso, que alguém pudesse, realmente, cuidar de mim. E como eu tenho um temperamento de resolver, de fazer, acabo deixando pouco espaço para ser cuidada. Aconteceu no final de semana. Ele chegou, o vinho estava comprado e a comida a caminho. Preciso deixar de ser tão controladora. Preciso. E me deixar ser levada. Porque às vezes é muito bom...

Vamos aguardar essa história e os próximos capítulos (ou não)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

De família

Fui passar o final de semana no Rio. Bodas de Ouro dos meus tios. Revi primos e tios, amigos da época quando passava as férias lá. Mas vi também minha mãe, que é carioca mas está por aqui há mais de 50 anos, voltar a ser adolescente ao reencontrar amigas de infância e adolescência. Muito bom, claro. Num é por nada não, mas eu tava lindona. No sábado fui no shopping e achei O vestido.
- Nossa tia L (minha mãe), a Querida virou um mulherão, hein?, falou um primo que eu não via desde que eu tinha uns 13 anos e era aquele medo de adolescente em mutação.
Mas venho aqui mesmo pra contar aquelas histórias que só a minha tia é capaz de saber. Coisas de tia L (todas as irmãs têm nome começando com a letra L). Caso real.
A fulana, uma senhora com seus 60 e poucos anos, pegava sempre o mesmo ônibus. Num dia, entrou no ônibus e, ao chegar no trabalho, se deu conta que estava sem o relógio. Pensou na hora: perdi ou roubaram meu relógio e nem vi.
Dia seguinte, ela entra no tal ônibus, senta-se, olha pro lado e vê um rapaz com um relógio. Não teve dúvidas e falou baixinho:
- Devolve o meu relógio, devolve o meu relógio.
Assustado, o cara disse:
- Mas senhora, esse relógio é meu.
- Devolve, é meu. Você pegou ontem. Devolve ou vou fazer escândalo.
Claro que ele tirou o relógio e deu pra ela.
Feliz, chegou ao trabalho, contando pra todo mundo que havia recuperado seu relógio. Voltou pra casa e adivinha? O relógio, na verdade, tinha ficado era lá. Levou uma bronca do marido (mesmo que fosse o seu relógio, como você vai me pedir para o ladrão te entregar? e se você tivesse perdido, é louca de fazer isso?) e nunca mais pegou a linha. Para trabalhar, mudou o trajeto e passou a pegar dois ônibus para chegar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

nas nuvens

Porque não dizer nada, não saber, não sentir, tudo isso também tem um significado, um sentido, um aprendizado. Dez dias do novo semestre de 2010 e tudo parado, suspenso, como se tivesse uma linha puxando minha vida pra cima e só me restasse assistir a tudo quieta, esperando alguém com uma tesoura pra me jogar de volta à terra firme pra que enfim eu possa ter alguma coisa verdadeiramente minha, só minha.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Conspiração

Porque eu tenho uma teoria. Que a poluição, o buraco na camada de ozônio, não ferram apenas células, radicais livres, órgãos, fodem nosso sangue. Elas matam neurônios e até mudam a o tamanho do nosso cérebro. Porque só assim a gente consegue entender certas atitudes (ou a falta delas) do ser humano. Pois bem, é do sujeito do post abaixo que venho reclamar, falar, tentar arrumar algo que explique. Porque nego saiu da minha casa no sábado, depois do jogo Argentina x Alemanha em que assistimos abraçadinhos no sofá da sala trocando carinhos, beijinhos e fazendo planos. E só saiu porque minhas amigas (aquelas três de sempre) vinham pra cá fazer um home balzac e não pegava bem ele aqui. E quando me disse tchau, disse até mais tarde, porque íamos sair e no domingo ele havia me convidado pra ir "num restaurante supergostoso no Guarujá". Pois bem. Ele não veio mais tarde. Não ligou. Não atende o celular dos números que ele tem meus (celular, trabalho, casa da minha mãe, minha casa), mensagem. Chocados? Eu tô com um ponto de interrogação imenso. Sei onde ele trabalha e seria muito fácil ligar lá (sei o sobrenome) ou então podia pedir pra alguém ligar pra ver se ele atende. Mas auto-estima mandou lembranças e isso é o tipo de coisa que me recuso. Liguei no sábado, no domingo e na segunda. Ontem, já deletei o número dele, claro. A questão é que nem imaginei que tal fato pudesse acontecer. Não desconfiei disso nem por um momento, nem por uma fração de segundo, e isso é o que me intriga, emputece, irrita. Meu sexto sentido já foi mais eficiente. Enfim. Sujeito pode ter morrido, né? Mas ainda assim, podia me mandar algum aviso. Ainda que do além. Porque nem morte justifica o que esse palhaço fez. Ó, num tô triste, não. A fila anda e tem um certo Marcelo querendo sair comigo no sábado. Mas nem sei. Penso nisso depois.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Doideira

E se eu disser que mudou tudo, assim como mágica, que não estou mais saindo com um cara casado que amo mas que não sinaliza a menor vontade de me inclui-lo na sua vida e que agora estou recebendo ligações, conhecendo, conversando e (por enquanto) apenas beijando um cara separado, que se encaixa no meu típico físico, é um doce, carinhoso, aceita minha filha (por ser pai também), que liga, que cuida, que fica feliz e que dá o sorriso mais lindo quando me vê? E se eu disser mais, que tudo isso está acontecendo comigo me faz bem, acende luzes, me deixa feliz, vocês me achariam a pessoa mais maluca desse mundo?