sexta-feira, 25 de junho de 2010

Enquanto isso

Porque eu sei que vai chegar o dia em que eu vou entrar aqui pra falar que estou triste, que nao aguento mais essa situação, que não posso viver do jeito que estou vivendo, que cansei. E isso vai acontecer depois de um dia que ele me trocar por algum compromisso mais ou menos importante, não vai importar, mas vou me sentir uma bosta na mão de um homem que não pode me dar o que eu quero. Mas enquanto esse dia não chega e presumo que não está nem tão longe assim, eu aperto o botão do send e mando pra ele o seguinte torpedo. "Não dorme em SP. Desce hj e fica comigo. Aí amanhã vc chega em casa, diretamente de SP". Pra depois de alguns minutos ler a resposta: "Vc é perfeita, nem pensei nisso. Chego depois das 10".

terça-feira, 22 de junho de 2010

Tudo igualmente diferente

Te digo uma coisa. Nós, mulheres, precisamos a aprender a parar. Parar de pensar que é com a gente, ver tudo com a lente de aumento e até - por que não - nos superestimar. Porque a partir do momento que a gente acha que o cara tá fazendo determinada coisa ou agindo de determinada maneira por nossa causa é porque está se achando muito importante na vida do sujeito. E outra coisa: temos que aprender a confiar na palavra de alguém que temos a certeza de que nos ama e nós amamos. Porque mentir, todo mundo pode. E mais uma coisa: ninguém pensa como a gente. Se cada ser humano é um, imagine, então, um homem. É científico. Homem não tem visão lateral. Especialmente alguns, que criam um mundo próprio, que se fecham, como é o caso do sujeito abaixo. Por isso, se ele sumir no final de semana (coisa que não é a primeiva vez que acontece, aliás) e quando voltar dizer que não estava legal, que tentou me achar, que todos os argumentos que você deu para esse sumiço são loucura da sua cabeça, que não correspondem à verdade, e que ele continua te amando, que está tudo bem e tal, tem que acreditar. Ou então, nem continua pra não enlouquecer ainda mais com a chegada de um novo amor, de uma nova pessoa. Um amor que, tirando o amor, não tem nada a ver com tudo o que você viveu e sabe até agora.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Dia 17 de junho

Engraçado como a gente sabe quando esses momentos chegam. E dá para lembrar do dia e até da roupa. Comigo, pelo menos, sempre foi assim. Quando ele falou: fecha a janela porque senão os pernilongos vão te pegar, cara, enconstando a mão na minha perna, eu soube que me apaixonaria a seguir. Dito e feito. Vivemos mó história bacana. Dessa vez, tantos anos depois não foi diferente. Teve, sim, o dia em que isso aconteceu. Especialmente com ele (já um outro ele). Recebi sinais desde o ano passado. Flashes que vinham e ações. Por exemplo: deu meia-noite, 1º de janeiro, e o primeiro torpedo foi pra ele. Mas até aí não havia me tocado. Mas no dia seguinte que cheguei da viagem do navio, no dia 18 março, meu Pai do céu. O fatídico momento. Eu tava de bermuda jeans, uma blusa creme e uma anabela. Meu labirinto ainda afetado por causa do balanço do navio. Ao vê-lo entrar na redação, o estômago mexeu, a perna tremeu. Ele estava lindo. E aí o depois nada foi como era antes. Tentei ficar longe dele por duas vezes. Na primeira até mandei um e-mail. Não adiantou. Na segunda, disse olhando no olho dele: vamos ficar longe um tempo. "Não vá embora. Não agora que estou caminhando na ponte que você ajudou a construir", ele implorou. Eu fui, mas acabei voltando, pois sou fraca, sou humana, porque o amo. Na quarta, quando ele me deixou na porta do meu prédio depois de ter ido me ver dando minha última aula no curso de pós, a gente se beijou. Não era o mesmo beijo de 15 anos atrás, que eu jurava lembrar. E ontem, quando ele subiu na minha casa, tanto eu quanto ele, nem de longe parecíamos as mesmas pessoas que ficavam juntas na época da faculdade. E tudo o que aconteceu só fez acrescentar mais tempero à maravilhosa história de uma vida: cheia de amizade, intimidade, cumplicidade, amor de verdade. "Eu não vou encostar nessa maçaneta porque quero voltar", me disse antes do último beijo e do último carinho.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Procura-se

Desde ontem estou azeda. Olhei no calendário e tô bem longe da previsível TPM. Fiquei procurando motivo. Entre mortos e feridos não tem um muito sério, algo que mereça levar um troféu. Tudo daquele jeito meio de boa. Trabalho ok, família ok, conta bancária naquela merda de sempre, amigos ok. Mas aí futuquei mais um pouco e BINGO. Tô azeda porque tô me sentindo carente. E carente de carinho, de toque. Embora pelos no chão do apartamento não sejam nem de longe meu objetivo no momento, vou te falar que eu estou sentindo falta de um macho around. Claro, é só dar aquele meio sorriso que tudo se resolve. Mas eis a questão. Eu ando tão sem paciência que nem meio sorriso eu tenho dado. E como eu dispensei os avulsos e tenho saído muito pouco porque tenho preparado aulas, estudado feito uma condenada, fico meio sem saber como resolver a pendência. Porque, além de emocional, trata-se de uma necessidade física. Mas ao mesmo tempo, queria poder aliar essas duas coisas. Porque faz tempo que emoção e tesão não se cruzam por aqui.