Bom, agora que tudo está tudo (mais ou menos) em ordem é hora de contar como andam as coisas por aqui. Homens são engraçados, pra não dizer patéticos. Conheci um cara no meu último plantão (há dois finais de semana). Fui fazer uma matéria e o sujeito tava lá. Simpático, idade boa, cara boa. Aquelas coisas. Fui embora. Na segunda toca o meu ramal.
- Querida?
- Sim, quem é?
- É o Querido de ontem, tudo bem?
- Ah tudo, e você?
- Tudo bem, estou ligando pra dizer que adorei a matéria, ficou bem legal.
- Que bom...
- E como foi o resto do seu plantão?
- Tranquilo, consegui saí cedo.
- Você vai fazer alguma coisa hoje? Vamos sair pra tomar alguma coisa?
- Ah vamos...
- Eu passo aí, pode ser?
- Pode.
No horário combinado, ele passou. Fomos num bar, conversamos, rimos, comemos. O cara é muito inteligente, bem-humorado. Enfim alguém que não é da classe trabalhadora, eu pensei. Me deixou em casa, ligou pra dizer que tinha chegado em casa e aproveitou pra elogiar uma série de reportagens que eu havia feito sobre adolescentes. Terminou a ligação dizendo que me ligaria no dia seguinte. O dia seguinte chegou e eu mandei um torpedinho simpático na hora do almoço. O dia seguinte passou e ele não ligou. Não ligou no dia depois do dia seguinte e assim se passaram vários dias e eu já tinha desencanado e pensado "me livrei de mais um louco" e "qual é o meu problema mesmo?"
Até que domingo, 14 horas, especial do MJ na Sony rolando e eu meio dormindo, meio acordada, atendi o celular. Como eu já havia apagado o nome do sujeito, nem me dei conta do número.
- Querida?
- É.
- É o Querido, lembra de mim?
- Lembro, claro.
- Tô ligando pra dizer que eu não sumi não.
- Ah, sumiu sim, eu disse rindo.
- É que eu fiquei doente, com pneumonia, fiquei até internado.
- Nossa, que coisa. E como você está agora?
- Bem melhor, mas ainda não estou 100%. Nossa, foi horrível.
- Cuidado agora para não ter recaída, pneumonia é perigoso.
- Viu, tão me chamando no rádio, eu te ligo mais tarde ou amanhã.
- Ah tá bom, cuide-se
- Um beijo.
- Outro.
Adivinha? Mais tarde chegou. Amanhã também e nada do cara.
É ou não é de fuder?
Enquanto isso, aquele outro Querido (o casado) tem ligado insistentemente, morrendo de saudade, cheio de dengo. Eu me fazendo de durona. Falei pra ele que estava de luto.
- Luto pelo quê?
- Ué, pelo Michael Jackson. Ele ainda nem foi enterrado...
- Você é fogo...
Eu sou?
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
pior se ele falasse: vc é fogo, eu sou paixao.
Vai que o Querido TDB morreu que nem o MJ
no caso não é de fuder, afinal , o cara sumiu, né?
rsrsrsrs
Postar um comentário