Estou sentada numa espriguiçadeira, vendo o pôr do sol (perdeu o hífen e o acento ou só o hífen mesmo?) e olhando a orla de Búzios. Este post só não foi postado porque o 3G não quer pegar nem por reza brava. Finjam que hoje é segunda-feira, dia 16 de março, às 17h32. Lá pelas 15 horas eu estava andando pela famosa Rua das Pedras e até vi o Maradona da novela, que tem uma espécie de tem um memorial da Bridget Bardot. E realmente foi engraçado porque ao ver a cidade a gente já lembra da pentelha da Maria Gadu e seu insuportável e indecifrável Shimbaluê. Bom, mas vamos voltar à hora. De repente, eu me perdi do fotógrafo. E nem adiantava ligar porque o celular dele estava sem bateria. E pra explicar isso vou abrir outro parentêses. Sob pretexto de cobrirmos um evento de beleza, viajamos no domingo a bordo do MSC Música. Não, este não é o navio do vírus, este navio é muito mais hard porque aqui uma mulher da tripulação morreu no ano passado e ninguém sabe se a nega foi assassinada, se suicidou. Então, resumindo, eu viajei de graça e de novo. Sozinha, na charmosa cidade carioca, eu saí andando. Entrei em várias lojinhas, comprei coisas pra família, pra mim. E fiquei andando. Aí me deu sede e eu comprei água. E tinha uma sorveteria que parecia tão legal que não resisti. Limão com calda dura de chocolate. Amo. Aí eu saí andando de novo e tava passando por um bar e pensei será que tomo uma cerveja? Instantes depois, do alto-falante do lugar, Caetano Veloso vira e canta: Linda, você é linda demais, você é linda sim. Dúvida resolvida, bebi duas latinhas de Skol. Decidi voltar pro navio, mas estava doida pra dar um mergulho. Ali mesmo, em frente à rua das Pedras, tinha uma pequena faixa de areia. Desci, pedi pra um casal argentino olhar minhas coisas e mergulhei. Abro a minha bolsa e acho a garrafa de água vazia. Que ótimo, vai dar pra lavar meus pés. Voltei andando de novo pela orla de Búzios tão feliz por gostar de mim, da minha companhia. De me sentir bem com meus pensamentos, minhas atitudes. Claro que seria legal estar com alguém dividindo com alguém essas imagens, esses acontecimentos, essas memórias. Mas tem vezes e é assim que me sinto na maioria deles, falando nisso, que prefiro viver tudo isso sozinha. Ter minhas melhores lembranças de tudo isso que tem rolado na minha vida. Já no navio, tomei uma ducha de água doce, deitei na espriguiçadeira, fechei os olhos. Não entrei na água, pois confesso que tenho um pouco de nojo, são tem 3 mil pessoas aqui. Ou seja, piscinão de Ramos perde. Ai comi pizza de atum, fui até a cabine, peguei o note, e agora estou aqui, na parte alta da embarcação. São 17h52 e vou tomar banho, já que sou da turma do primeiro turno e meu jantar é às 20 horas. E lá pelas 23h30 eu vou dançar de novo. Porque ontem, no domingo, eu saí da pista à 4. E sim, eu estou MESMO aqui a trabalho. E o por do sol tá uma coisa do outro mundo. E estou chorando porque eu tô muito feliz com a pessoa que eu me tornei, a mulher quem sou. Obrigada. Eu só tenho a agradecer por estar viva e poder viver tudo, tudo isso.